quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O valor que um café tem




O ócio é um problema pra quem tem dinheiro curto.

Eu não sei se isso acontece só comigo, mas qdo minha rotina dá uma pausa, de uma ou duas horinhas entre o trabalho e a aula, já começo a pensar no que vou resolver, o que vou lanchar ou no sapato azul (mara!) da vitrine. Qual é o problema com o fazer nada?

No primeiro momento de ócio depois da minha nova configuração financeira, o mais difícil foi dizer não para um simples cafezinho. Já digo: não consegui. Okai que a espera da aula - e a própria aula em si - fica melhor com cafeína. No frio então, nem se fala.
Mas essa dificuldade "prosaica", boba, levou minha cabeça pra outro lugar.

Na tensão entre pegar ou não um café, tive um insight sobre a pulsão humana: uma das coisas mais difíceis da vida certamente é dizer pequenos nãos. A dificuldade no emagrecer está em dizer pequenos nãos ao longo do dia. O calo de estudar pra prova é dizer não pra novela de hoje. E o problema do economizar é abafar a vontade de comprar miudezas.
Pequenos nãos tem a ver com disciplina. E isso sempre foi um problema pra mim.

O bom do episódio do café é que não estou sofrendo com minha falta de resistência. E já mudei de ideia: se antes achava que daria conta de viver uma vida mega regrada, hje já acho que não. Uma vida sem prazer - nem que seja o da cafeína - não é vida. Será que dou conta de liberar certos gozos a mim mesma sem grana?

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

a que veio o "pra quê dinheiro"

Oi pessoal.
Criei este blog porque preciso dar conta de uma questão aritmética da vida: viver sem grana. De uma forma pensada - mas não muito bem calculada, me enfiei em um financiamento por 3 longos anos, com parcelas que jogam meu salário praticamente no ralo.

Compulsão? Talvez. Insensatez? Provavelmente. Loucura? Uma boa dose.

O fato é que fico o tempo todo pensando em como vou fazer pra me virar e a única ideia que veio foi a do blog. Mas muita calma, heim, moçada... Ainda não tenho o B-A-BÁ do sucesso. Aliás, não esperem daqui mil e uma regras sobre como "viver mais gastando menos". Se é isso que o caro leitor-amigo-confidente procura, caia fora.

Eu só quero desabafar as dificuldades de não poder comer no Batel Grill, não comprar mais aquele colar maravilhoso ou aproveitar a bota em liquidação.

E podem rir ou me xingar com uma etiqueta de fútil. Vocês ainda vão acabar aproveitando uma dica de cinema barato, um bar que é uma pechincha ou um passeio divertido por menos de 5cão.