segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Sal grosso pra engrossar o caldo




Meus professores de literatura dizem que hoje não há nada no mundo que mereça uma ode. Não há nada que renda elogios rasgados, nada que não receba uma crítica sequer. E mesmo concordando com a extinção das odes, porque não há unanimidade no mundo, ainda acho que existe uma coisa que talvez mereça uma.
Nessa vida sem grana, uma das poucas coisas que dá fazer sem dinheiros é um tradicional churrasco.

Um traz um pouco carne, outro traz mais um pouco. Bebida e gelo ficam por conta de outra equipe. Salada, arroz e maionese são encargos do terceiro time. Carvão, do quarto. E tá feita a festa.
Nesse domingão de Atletiba, juntamos uma moçada e fizemos churrasquénho básico na casa da Dalva. Cincão a mais na conta por causa do payperview pra ela liberar o jogo e... eis um domingão muito bom saindo por menos de 10pila.
Êêêê... vidão de pobre!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Amigos te deixam rico




Tenho uma amiga que é a rainha da agenda cultural. Não sei quais são suas fontes, mas ela sempre está por dentro de programações culturais bacanas que ficam ainda mais bacanas porque são baratas.
Ser pobre em Curitiba, nesse sentido, é melhor do que ser pobre em São Paulo.

Em uma de suas dicas, a Alina (bjo prô cê) me mandou uma dica bacaninha. É um projeto que começa essa semana em Curitola. Amanhã já tem show do Mundareu com o André Abujamra. Bom né? Mas fica melhor porque é grátis. Totalmente excelente.

Grátis também são as apresentações do Balé Guaíra, Romeu e Julieta. O Requião veiculou umas propagandas na TV Educativa na época da estreia. Lembro de ter ficado com vontade de assistir e, woalá. Posso ver de graça.

Enton é isso, moçada. Mais informações sobre a programação completa vocês encontram no www.vozesdemestres.com.

Acho que estou virando a prova viva do ditado que diz que "você pode fazer uma festa sem dinheiro. Mas não faz uma sem amigos."

Bjo pra Alina!

terça-feira, 20 de outubro de 2009

A volta do que não ainda não tinha passado

Fiquei um tempo out. Mas continuei sem gastar tostões.

Além de um imprevisto, confesso que larguei mão do blog porque achei que minha vida sem grana ganharia uma nova perspectiva, mais verde. Mas não mais verde de grama, mais verde de grana.
Achei que conseguiria refinanciar o carro de um jeito mais fácil. Mas banco é banco, e não quer o melhor pra você. Ele faz de tudo pra ferrar seu bolso.

Tenho que passar 3 longos meses pagando uma prestação que é maior que o meu ordenado. E, se quiser mudar isso, preciso pagar uma multa de meio mil. E torcer para que a taxa de juro não aumente. Se aumentar, o uninho chega perto dos 40 mil. Vou conhecer o limite do banco.

Por causa dessas condições, me encorajei a adotar subterfúgios para aumentar meu saldo da conta bancária. Vendo textos. E vendo a revisão deles também.

Algum interessado?

sábado, 10 de outubro de 2009

Que sandália MA-RA



Pronto. Quase sucumbi à tentação, mas resisti bravamente a uma sandália mara que vi no shopping. Por pouco, mas muito pouco mesmo, não cometi o desatino de gastar R$ 110em uma sandália. Preta, alta, linda.

De couro, toda rocker. Com vários triângulos, cujas bases ficam presas na sola. O meio do pé fica livre nela, com a pele vazando nos "dentes" que os triângulos fazem. Para amarrar, um cadarço preto. Salto bem alto, daqueles que a sola da frente precisa compensar.

Linda ela. Em outros tempos, daria os R$ 110 sem pestanejar. Porque ela bem que merecia.

Mas segurei firme. Tá certo que passei uns dois dias sem desapegar da possibilidade de voltar lá para resgatá-la. Mas não. Resisti. E depois fiquei especulando o real motivo da minha força em me manter inabalável.

Conclusão? Não é porque preciso do dinheiro, etc, etc, blá, blá, blá. É porque achei vergonhoso não conseguir me segurar no SEXTO dia do mês. Ah. E outra: pensei que a moda é cíclica e que por isso talvez eu ache uma sandália parecida num brechó por aí. E se achar, ela provavelmente vai estar beem mais barata.

Se eu concretizar a cagada, será que minha culpa vai diminuir junto com o preço da sandália?

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Demora mais que uma primavera


É a segunda vez que me cobram uma festança. E a lógica dos alheiros é assim:
Comprou um carro? Ah! Parabéns! Sabe que todo mundo que compra carro paga uma rodada né? E aí, vai comemorar onde?

Meu. Pra mim as coisas não funcionam assim. É automático o raciocínio:
Comprou um carro? Noussa, agora você é uma pessoa cheia de dívidas.
Minha irmã mesmo falou, quando eu fui na concessionária: "A diferença entre a Ilane de ontem e a de hoje é que agora você é uma pessoa endividada".

Se comprei um carro, é porque estou LOTADADEPRESTAÇÕESPRAPAGAR e NÃOTENHODINHEIROPRAPAGARCERVEJAPRAGERAL.Mas se ainda estiverem comigo, faço questão de fechar um bar inteiro quando acabar com o carnê.

Carro non devia ser comemorado quando se compra. Mas sim quando se paga.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Pouca grana é pouco problema

Eu disse que estava com medo do fim de semana né? Pois é. Acertei.
Nem senti falta de grana porque o fim de semana foi atípico. Teve uma notícia que mudou os dias: morte na família. Pois é.

Assunto diferente aqui no blog. Mas vale um post porque isso me fez pensar em umas coisas. A morte dá ideia.

Foi meu primeiro velório vivido. De passar madrugada velando corpo, recebendo conhecidos. De conhecer a burocracia da coisa, de saber o que se precisa fazer numa hora dessas.
Meu primo foi meu primeiro morto vivido. E por conviver com a morte fiquei pensando que a gente não aproveita a vida por causas bobas.

Dizer que não tem dinheiro, por exemplo, é, em certa medida, desculpa. Já passei por oportunidades em que não saía por desculpa boba, e não porque não podia de verdade.
Agora, me pego usando a falta de grana como desculpa pra não fazer nada. Às vezes isso é obstáculo mesmo. Só que às vezes não.

Se conseguir usar a falta de grana pra matar a ila das desculpas, e fazer crescer uma ila mais criativa, que não deixa de viver por causa de uns dinheiros a menos, ficarei satisfeita.
Essa grana curta, nesses primeiros dias, tá me saindo o menor dos problemas.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Fim de semana à vista. E agora?




Uma preocupação que volta de 7 em 7 dias pra quem está com a grana curta é a porra do fim de semana.
Antes, esperava ansiosamente por ele. Esses 2 diazinhos que valiam mais que os outros 5. Agora, confesso que tenho medo.

Começa que eles são dois, e eu sou uma só. E em cada um deles é difícil não escolher algo interessante pra fazer. E interessante normalmente é sinônimo de caro. Ou, de custo. E pra quem não tem $$, 2 reauus fazem falta (aqui em Curita já consigo ir e vir de buzão no domingo. Tá certo que tenho que me espremer com famílias inteiras que saem da Região Metropolitana pra ir na "missa" da cidade. Tá certo que também partilho as músicas dos "descolados" da periferia. Ainda mato quem popularizou o celular com rádio/MP3).

Enfim. O fim de semana tá aí. Pra não surtar, vamos devagar. Preocupemo-nos com o fim de semana que está por vir, apenas.
Curitibanos pobres de plantão, uni-vos! em torno de dicas baratas. Seguem duas:

- A viagem do pescador na ilha dos quadrados. Teatro de bonecos GRÁTIS (vocês leram isso???).
Lá na Praça Garibaldi, no São Francisco. Domingão, às 11hs. Este serve pra quem tem filho, primo ou irmão pequeno (caso meu). Você curte um programinha infantil e ainda faz a média com os pequenininhos. OXALÁ NÃO CHOVA.

- Praça da Espanha com vários shows. Aqui tem opção de horário (sexta à noite X sábado de tarde X sábado à noite), e opção de gosto também: várias comidinhas a 10zão (dessas tô fora) e sons bacanas: bandas de rock, jazz, e what ever estarão por lá.

Ou seja: se chover, fodió. Então vou tentar arranjar programa barato-coberto, e conto depois.

Run, Forest, run



Pensei em começar academia, mas o jeito vai ser andar nas ruas do bairro mesmo. Ou, no máximo, Jardim Botânico. Descobri que o problema do exercício não é a grana, mas sim o tempo. E não falo do meu tempo, escasso pela rotina doida. Falo do tempo-clima mesmo.
Porra: estamos em OUTUBRO e o clima de Curitiba tá um CÚ, só pra combinar com o nome da cidade. Frio maluco, temperatura de inverno mesmo.
São dias em que a noite chega às 16hs da tarde. E pessoas como eu, que trocam o dia pela noite frouxo, precisam de um esforço considerável pra levantar cedo mesmo com sol. Imagine acordar às 6h30 no frio pra andar. No way. Nem no frio, nem na chuva.

Então, antes de querer que o mês passe logo pro salário entrar de novo (e olha que estamos no dia 01/10, ou seja: acabei de receber), quero que o tempo melhore. Daí quem sabe eu me anime. Daí quem sabe dê umas voltas pelo bairro. Daí quem sabe fique animada pro dia que está começando. Daí quem sabe viva com mais endorfina. Daí quem sabe mais feliz. Daí nem lembre de aritmética nesse estado.